
O novo serviço, um projeto da Câmara Municipal de Setúbal com os apoios do Ministério do Ambiente, do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e do Troia Natura, está instalado na antiga Galeria de Exposições da Casa da Baía, com o objetivo de aumentar o conhecimento sobre a comunidade de cetáceos residentes no Sado.
“Uma população única em Portugal e das poucas residentes na Europa, o que justifica em pleno a criação do Centro Interpretativo do Roaz do Estuário do Sado”, destacou a presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira, na cerimónia de inauguração do novo espaço expositivo e de aprendizagem.
O Centro Interpretativo do Roaz do Estuário do Sado, concebido em formato de mostra permanente, com vários painéis e mesas interativas, ocupa toda a zona destinada à antiga Galeria de Exposições da Casa da Baía. A entrada é gratuita e o espaço está disponível ao público todos os dias das 09h30 às 20h00.
O roaz-corvineiro é a estrela da companhia, mas este novo serviço foca também o ambiente natural que ocupa. “Porque é uma espécie selvagem, que está dependente dos habitats, tanto da Reserva Natural do Estuário do Sado como do Parque Marinho Luiz Saldanha”, explicou o autor da mostra, Nuno Farinha.
Nas partes laterais são apresentadas, essencialmente, informações a nível mais científico e da história natural, enquanto na parte central surge uma mesa de interpretação do território, que apresenta os espaços naturais mais relevantes, bem como algumas das espécies que estão relacionadas com os roazes.
Neste sentido, explicou Nuno Farinha, são dadas a conhecer “algumas curiosidades, como as origens jurássicas do território, em particular na Serra da Arrábida”, e também alguns fósseis, como uma amonite, parente dos atuais polvos e chocos, para que os visitantes possam ter diversos motivos de interesse”.
Nesta área central estão ainda disponíveis dois painéis multimédia interativos, um dos quais com sons que são possíveis de escutar no ambiente natural, com vocalizações de roazes, mas também de outras espécies que partilham o habitat, como peixes, aves marinhas e outros cetáceos que frequentam a zona envolvente ao estuário.